Está sem ter o quê fazer, de férias, vendo bobagem na Tv? Vai ler cara pálida. O Retrato de Dorian Gray é um clássico imperdível. Abaixo, uma síntese do livro em forma de notícia de jornal.
Polícia investiga morte de milionário
A movimentação policial em torno do antigo casarão dos Devereux chamou a atenção de vizinhos e curiosos na noite de domingo, 19 de junho. Famoso pela beleza e pela privilegiada posição social, Dorian Gray tinha uma vida agitada. Com quase 40 anos, parecia um jovem de 20.
O casarão de esquina entre as ruas Burlington Street e Berkeley Square que pertenceu a Kelso Devereux é marcado por tragédias familiares. Margaret, mãe de Dorian, perdeu o marido meses depois do casamento. Na época, houve a suspeita de que o próprio Kelso teria armado a morte do genro, pois foi contra o casamento da filha com um pobre oficial do exército. Apesar de voltar a morar no casarão, Margaret não falava com o pai. Cerca de um ano depois, ela morreu, deixando um filho.
Loiro, olhos azuis, pele alva, boca avermelhada, cabelos ondulados. O jovem que despertava paixões por onde passava foi encontrado de forma assustadora. Quase irreconhecível, Gray foi encontrado pelos empregados às dez horas da noite de domingo. Com um punhal enterrado no peito e feições envelhecidas, foi reconhecido apenas pelos anéis que usava na mão direita. (...)
Começaremos com grandes acontecimentos:
Há biografias muito interessantes nas prateleiras das livrarias - aqui vão duas indicações em especial e com mérito: O outro lado de mim, de Sidney Sheldon e Viver para contar, de Gabriel García Márquez. Dois excelentes autores e duas autobiografias surpreendentes.
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
Mario Quintana
Pra quem gosta de literatura, Boca do Inferno, de Ana Miranda conta a história de Gregório de Matos Guerra, o poeta barroco - lembra dele? Então, a autora sabe como ninguém valorizar o perfil do deste baiano cujo apelido era Boca do Inferno.
"A história das coisas" - o vídeo completo pode ser encontrado em: http://www.unichem.com.br/videos.php
