Até o momento, com o voto de 338 delegados, Barack Obama é o novo presidente dos Estados Unidos. Obama, 47 anos, também senador pelo estado de Illinois, é o 44º presidente eleito dos EUA e o primeiro presidente negro do país.
*Não entendeu como acontecem as eleições americanas? Dá uma olhada nesse link: http://noticias.uol.com.br/ultnot/especial/2008/eleicaoeua/regras/
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A vitória de Barack Obama é vista pelo mundo inteiro com muito otimismo e principalmente esperança. Voltando um pouco no tempo, isso é totalmente compreensível, para quem assistiu incrédulo a confusão ocorrida nas eleições americanas de 2000, quando o candidato Al Gore perdeu para Bush. Até hoje, muitos se perguntam, será que perdeu mesmo?
Em 2004, nova eleição, e, como tantas vezes se vê na História, o medo permite que se instaure qualquer tipo de política, qualquer método que possa eliminar o medo, aliviar a tensão. Na ocasião, o povo americano seguiu por este mesmo percurso e votou pela permanência de G. W. B., ainda mais depois dos acontecimentos de 11 de setembro (veja Fahrenheit 9/11, de Michael Moore). Ganhou com 51% dos votos, contra 48% de John Kerry.
Prometendo resolver problemas que ele próprio criou, reelege-se declarando feroz combate ao terrorismo. Desta maneira, promoveu a caça a Bin Laden, as armas de destruição em massa, a caça a Saddam, a Guerra do Iraque (iniciada a revelia da decisão da ONU). Bin Laden continua desaparecido, as armas de destruição não passaram de um motivo inventado para que sua ganância belicosa pudesse continuar, Saddam foi condenado, porém, o julgamento ocorreu em circunstâncias estranhas e na Guerra do Iraque mais de 2,5 mil soldados americanos morreram, causando forte insatisfação nos EUA.
Os anos Bush foram de grandes erros e aguçaram no mundo inteiro um sentimento perigoso, o antiamericanismo e nunca se ouviu tanto frase como “detesto americanos”. Recentemente uma matéria de televisão entrevistou um eleitor americano, declarando que, ao viajar, dizia ser canadense, pois tinha vergonha de seu país. Explicável por tudo e por ele, G.W. B, antipático, ignorante, parece carregar indefinidamente uma cara de deboche insuportável. É provável que os líderes do mundo todo não suportem mais olhar este rosto.
4 DE NOVEMBRO
Pois bem, depois de vencer as prévias, em que sua adversária era Hillary Clinton, o democrata Obama e seu adversário republicano John McCain iniciaram a campanha mais longa dos Estados Unidos. Veterano de guerra, McCain lutou na Guerra do Vietnã (tendão de Aquiles dos EUA) era o candidato de G.W.B, escolheu Sarah Palin como vice (o que se revelou um problema ao longo da campanha) e, entre outras coisas, prometeu manter os soldados americanos no Iraque. Muitos equívocos em uma única chance.
Todos sabem que políticos são produtos vendidos por publicitários especialistas em marketing, em estratégias de campanha. Claro, atributos do candidato contam e muito para o bom desenvolvimento da campanha. Mas é preciso bons profissionais e muito, muito dinheiro. Nos EUA, as campanhas são financiadas por doações. Obama, que começou as prévias com pouco em caixa, terminou colocando uma peça de 30 minutos no ar, no custo total de US$ 5 milhões. O gasto total com a campanha de propaganda chega a US$ 250 milhões de dólares.
Por muitos motivos, 4 de novembro é um dia histórico. Os Estados Unidos elegeram um negro como seu 44º presidente. 140 milhões de pessoas compareceram as urnas, cerca de um milhão de pessoas compareceram para o discurso da vitória em Chicago, muitos com lágrimas nos olhos. O recado é claro: há esperança! A partir de agora, o grande desafio será cumprir suas promessas, mas uma coisa é certa, só por declarar que vai dialogar com os países ditos “inimigos” dos EUA (dialogar, o que não existe no dicionário de Bush) o mundo fica mais tranqüilo, e tomara que os americanos entendam que não se deve dar poder a qualquer um.
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