Jornalismo, política e outras cositas


O mundo deve estar girando ao contrário, pois as coisas estão confusas e retrógradas. Há tempos, não só no Brasil, mas na América Latina toda, fontes estão sendo caladas, rádios e televisões retiradas do ar, jornais censurados, jornalistas mortos. Pra quem se surpreende com a informação de uma boa olhada no site dos repórteres sem fronteiras e no impunidad, lá você vai encontrar estatísticas atuais sobre os crimes cometidos contra jornalistas.
É grave, é absurdo! Luta-se uma vida inteira pela liberdade de expressão e vem um estadista maluco e liquida com a impressa livre de um país; briga-se pela verdade, vem um político e manda assassinar o jornalista ou incendiar o local de trabalho; descobre-se o fato e mandam censurar o jornal ( Estado de S. Paulo está a 45 dias sob censura). Ah, e muitas vezes durante a construção de uma reportagem, acontecem atrocidades como o que ocorreu com Tim Lopes.
É arriscado, é pesado e é contra isso que lutamos todos os dias.
Pois bem, é neste contexto que a internet tem sido uma grande aliada: blogs, twitter, redes sociais deram voz a quem tinha o que dizer. Há três casos que lembro agora: o papel do twitter nas eleições do Irã, o blog generación Y, em que a blogueira Yoani Sanchez fala sobre a realidade de Cuba e o blog da Alcinéa Cavalcante, amapaense que, ao expressar sua indignação com o igualmente “amapaense” Sarney, deve 2 milhões ao presidente do senado (ele ainda está lá?uhm, está sim). #forasarney
No próximo ano temos eleições e o texto da reforma eleitoral (já aprovado) impõe restrições aos sites jornalísticos. De acordo com a proposta de Marco Maciel (DEM-PE) e Eduardo Azeredo (PSDB-MG), os sites estarão proibidos de "dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação, sem motivo jornalístico que justifique". A votação será amanhã (15/09), veja neste link os senadores que já se posicionaram a respeito.
O próprio presidente Lula já sabe e declarou que é impossível controlar a internet, afinal, ela é essencialmente livre, não há como calar a voz de twitteiros, blogueiros, etc. O que deveria servir de apoio é visto como ameaça (muitos de nossos ilustres políticos estão sendo sabatinados no Twitter). Eles são burros, não sabem lidar com ferramentas que poderiam fazer muita diferença aos candidatos, aos eleitores, à política brasileira.
Portanto, amigos blogueiros, leitores, vamos ficar de olho. #censuranuncamais

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