Homenagem aos 80 anos de García Márquez
"Como jornalista, a gente sofre com o texto ou desfruta dele. Com a manipulação que se faz das notícias, temos satisfação quando achamos uma jóia, mas sofremos que nem cão quando vemos a forma com que se maltrata o idioma". “Eu escrevo para não ter que falar". Estas palavras são de Gabriel García Márquez, o colombiano que nasceu em 6 de março de 1928 e que em 1982 recebeu o Prêmio Nobel de literatura.
São dele também, as seguintes considerações:"O jornal cabia então em três grandes seções: notícias, crônicas e reportagens, e notas editoriais. A seção mais delicada e de grande prestígio era a editorial. O cargo mais desvalido era o de repórter, que tinha ao mesmo tempo a conotação de aprendiz e de ajudante de pedreiro. O tempo e a profissão mesma demonstraram que o sistema nervoso do jornalismo circula na realidade em sentido contrário. Dou fé: aos 19 anos, sendo o pior dos estudantes de direito, comecei minha carreira como redator de notas editoriais e fui subindo pouco a pouco e com muito trabalho pelos degraus das diferentes seções, até o nível máximo de repórter raso”.
O depoimento faz parte do texto intitulado "a melhor profissão so mundo", referência de García Márquez ao jornalismo. Em sua autobiografia, o escritor narra em detalhes a sua paixão pelas letras, como jornalista e como escritor.
Gabriel García Márquez é o autor de Crônica de uma Morte Anunciada, O Amor nos Tempos do Cólera, Do amor e outros demônios, Cem anos de solidão, Notícias de um Seqüestro, Relato de um náufrago, a autobiografia Viver para contar, entre outros.
Eréndira, de 1983, dirigido por Ruy Guerra, e O Amor nos Tempos do Cólera, de 2007, dirigido pelo inglês Mike Newell, foram seus textos adaptados para o cinema.
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