Podemos falar em vários tipos de sonhos. Sonhos de consumo: ah, o carro do ano, o apartamento, a viagem. Sonhos de realização: ascensão profissional, o casamento, a vitória do time do coração. Porém, deixemos os sonhos-desejos para outra ocasião e vamos falar sobre o sonho junto ao travesseiro.
Alguns que parecem pesadelos e fazem com que você acorde indignado, outros tão bons, que quando toca o despertador dá vontade de jogá-lo no chão. Alguns fãs de Freud são obcecados pela história de interpretar seus sonhos. Pra quê? O fato é que aquela confusão de experiências, medos, vontades, somados a uma sem noção de passado e presente se transformam em bola de neve, tudo junto. Salvo algumas situações realmente impressionantes (ou seria uma capacidade muita boa do narrador em impressionar) algumas destas confusões – atestam alguns amigos – surgiram como um aviso ou premonição de que algo iria acontecer. Porém, chamar de premonição a matéria de um sonho pode ser exagerado (não teria o sonhador ir dormir preocupado com algo, que produziu o fato?).
Alguns neurocientistas afirmam que o sonho é apenas uma espécie de tráfego de informação sem sentido que tem por função manter o cérebro em ordem. Recentemente, descobriu-se que até os bebês no útero têm sono REM (movimentos rápidos dos olhos).
Voltando ao senhor Freud: a publicação de Interpretação de Sonhos (1900), deu caráter científico à matéria e Freud definiu o conteúdo do sonho como “realização dos desejos”. Segundo ele, no enredo onírico há o sentido manifesto (a fachada) e o sentido latente (o significado). A fachada seria um despiste do superego (o censor da psique), enquanto o sentido latente, por meio da interpretação simbólica, revelaria o desejo do sonhador por trás dos aparentes absurdos da narrativa.
Jung, por sua vez, acreditava que as situações absurdas dos sonhos não seriam uma fachada, mas a forma própria do inconsciente de se expressar. Para ele, há os sonhos comuns e os arquetípicos, revestidos de grande poder revelador para quem sonha.
Reveladores, realizadores de desejos ou simplesmente tráfego de informação sem sentido, no que você acredita? O certo mesmo, é que, às vezes, é bem melhor sonhar acordado, realizar os nossos sonhos-desejos, que só trazem um tipo de revelação:aquilo que você quer.
(fonte>wikipédia)
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